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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Podem assinar??????


Carta Aberta a Sua Exa. O Primeiro Ministro

Em 1884, Bordalo Pinheiro funda uma fábrica de cerâmica artística,
que pretende exemplar, nas Caldas da Rainha. Aí, aquele que muitos
consideram o maior artista português do séc. XIX desenha, inventa,
modela e pinta milhares de peças que concretizam, excedem e
amplificam toda uma tradição, definindo um estilo que ainda hoje,
tantos anos volvidos, todos identificamos imediatamente. Mais de cem
anos após a sua morte, a fábrica herdeira do seu saber continua a
produzir esta obra genial.

As notícias recentes e inquietantes sobre o futuro da Fábrica de
Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro obrigam-nos neste momento a
manifestar-nos publicamente. Por preocupação com um património
histórico único e em defesa da obra de um artista que desde finais do
séc. XIX integra o imaginário nacional.

Num momento em que a vida desta empresa conhece piores dias e quando
se perspectiva a venda desta fábrica, apelamos a uma intervenção do
Estado, qualquer que seja o seu futuro, no sentido de:
- salvaguardar que o espólio do artista Bordalo Pinheiro
(moldes, desenhos e peças originais) se mantenha na fábrica e seja a
matriz de uma nova estratégia de qualidade e afirmação da marca
Bordalo Pinheiro;
- aprofundar a inventariação, estudo, preservação e
divulgação deste espólio, promovendo o reconhecimento de uma faceta
menos consagrada deste artista;
- salvar uma fábrica única pela sua história e pelo saber
especializado daqueles que aí trabalham, assegurando a transmissão
deste na formação de futuras gerações, de modo a fazer também desta
empresa um lugar de ensino;
- estimular, simultaneamente, a renovação da marca Bordalo
Pinheiro, envolvendo nomes prestigiados e novos valores do design e
das artes;
- contribuir para a definição de uma estratégia que
reposicione a marca Bordalo Pinheiro num segmento de mercado de
excelência, a nível nacional e internacional, investindo na sua
divulgação, marketing e distribuição.

Os autores desta carta apelam pois ao Estado para que, neste momento
crítico, olhe para a singularidade desta situação e, nós próprios,
não nos demitindo das nossas responsabilidades enquanto cidadãos,
disponibilizamo-nos para contribuir para essa reflexão.

Autores:
Raquel Henriques da Silva, Professora de História da Arte, FCSH
Universidade Nova Lisboa.
Joana Vasconcelos, Artista Plástica.
Elsa Rebelo, Coordenadora do Atelier Artístico da Fábrica Bordalo
Pinheiro
Henrique Cayatte, Designer, Presidente do Centro Português de Design.
Bárbara Coutinho, Directora do MUDE. Museu do Design e da Moda
Catarina Portas, Empresária A Vida Portuguesa
Lúcia Marques, Curadora Independente
Carmo Afonso, Advogada

ASSINE A CARTA ABERTA ATRAVÉS DO SEGUINTE ENDEREÇO: http://www.petitiononline.com/Bordalo/petition.html

1 comentário:

Fátima disse...

Vou asinar e copiar para o meu blog.
Como portuguesa tambem tenho o direito de decidir.
Beijokas